A prefeitura de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, decretou situação de emergência por causa da estiagem no município. Com safras perdidas e dificuldade na criação de animais, outras 98 cidades baianas passam pela mesma situação.
A situação de emergência foi decretada no Diário Municipal de Feira de Santana na terça-feira (24) e tem duração de 180 dias. A estimativa dos produtores rurais é de que 90% das safras de milho e feijão foram perdidas.
"Como esse ano essa chuva não veio com frequência, estamos passando por esse sofrimento. É um impacto duro, porque além das perdas, não podemos criar os pequenos animais porque não tem ração, não tem água e tudo fica mais caro", afirmou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Conceição Borges.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, a estiagem desencadeia diversos problemas na economia.
"O comércio sofre de imediato com a perda na agricultura, o que gera um impacto econômico. Muitas vezes essa situação gera êxodo, principalmente por parte dos mais jovens. Eles ficam desmotivados e acham que precisam se mudar para a cidade grande para conseguir emprego, o que muitas vezes não se consolida", afirmou.
De acordo com a prefeitura, o decreto dá a possibilidade aumentar a quantidade de carros-pipas que abastassem as comunidades e reformar cisternas. Com o documento, também há a possibilidade de ajuda do Governo do Estado e do Governo Federal.
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