De acordo com a reportagem do Jornalista Oziel Aragão, três assessoras parlamentares, contratadas pelo edil para tal função na Câmara Municipal, exerciam, na prática, atividades de empregadas domésticas, e em imóveis diversos, sem relação com o órgão público municipal.
"O que eu passei em dois meses eu não desejo nem para o meu pior inimigo", é a fala de uma das denunciantes, que conversou com o jornalista. Ela e outras duas assessoras, eram obrigadas pelo vereador a exercer atividades domésticas diversas, tais como cozinhar, limpar, etc, em imóveis de propriedade particular de Lucas, caracterizando evidente desvio de função. Mas a história ganha agravantes.
Uma das mulheres diz que o vereador foi abusivo em comentários sexuais do tipo: "fiz a bariátrica, emagreci, mas o meu pênis está grandão, viu?", relatou. Além disso, as vítimas tinham que devolver parte de seus salários para o vereador, o que pode evidenciar esquema que ficou popularmente conhecido como "rachadinha".
O advogado das vítimas, Dr. Ronaldo Elber reuniu provas contundentes do que vinha acontecendo para dar entrada no processo contra o vereador. Ele considera as acusações como gravíssimas, e espera que a justiça seja devidamente aplicada.
O advogado do PSDB em Ilhéus, Dr. Alex Cardoso, também conversou com Oziel. "Soubemos extraoficialmente das denúncias, e gostaria de dizer que o partido repudia esses fatos ocorridos, e isso configura mácula para o partido. Entraremos com uma ação para pedir o afastamento provisório do vereador, e posteriormente, se for sentenciado, pediremos a cassação", comentou.
Lucas está no primeiro mandato como vereador. Ele é sócio de uma clínica para dependentes químicos, em Ilhéus. Oziel acrescenta no fim da reportagem que tentou, de diversas formas, fazer contato com Lucas Lima, não obtendo, entretanto, sucesso nas tentativas.
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