Foram licenciados 2,06 milhões de de carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões no ano passado. O melhor resultado foi alcançado em dezembro, com 244 mil unidades comercializadas (média diária de 13,1 mil veículos vendidos), uma alta de 8,4% em comparação a novembro.
Em relação a dezembro de 2019, houve queda de 7,1%.
O ano passado começou com expectativa de alta. Em janeiro, a entidade que representa as fabricantes esperava um crescimento de 9,4% nas vendas. ?
Então veio a pandemia de Covid-19 e foi preciso revisar os números. Em julho, a Anfavea projetou uma queda de 40% nos emplacamentos. Com a retomada no segundo semestre, a associação fez um novo cálculo, divulgado em outubro: retração de 31%.
O resultado de 2020 confirma a recuperação da indústria automotiva a partir do segundo semestre, mas o setor inicia 2021 sob pressão.
A Anfavea é uma das entidades mais preocupadas com a vacinação, pois depende disso para retomar a produção em maior escala e atender a demandas dos setores de veículos pesados e de frotas.
No varejo, a chegada de automóveis mais rentáveis e as novas formas de colocar um modelo zero-quilômetro na garagem, como o aluguel de longa prazo, trazem a expectativa de um 2021 melhor para as montadoras. Entretanto, para grande parte dos consumidores, a alta nos preços dos carros novos — forçada principalmente pela desvalorização do real — transforma a compra em um sonho mais distante.
As montadoras esperam ainda a normalização no fornecimento de componentes. O aço continua a ser o maior problema, mas a indústria do pneu, outro gargalo de 2020, afirma que o fornecimento já está sendo normalizado.
O balanço sobre produção e empregos no setor automotivo serão divulgados pela Anfavea na próxima semana, bem como as projeções para este ano
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