A cada mês, os trabalhadores brasileiros estão comprometendo uma parcela maior do salário em itens básicos, como a alimentação. O Dieese mediu o impacto da inflação. Para trabalhadores que ganham cerca de um salário mínimo, os itens da cesta básica correspondem a mais da metade da renda. Segundo o Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, 55,68%, em média, no levantamento de julho. Segundo o levantamento, a cesta básica mais cara do país está em Porto Alegre: custa mais de R$ 656, em média. Depois, em Florianópolis e São Paulo. Usando o valor da cesta básica de Porto Alegre, por exemplo, o Dieese calcula que, para alimentar uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, o salário mínimo do país deveria ser de R$ 5.518, mais de cinco vezes o valor atual. A pesquisa também mostra que o brasileiro precisa trabalhar mais tempo para comprar os produtos da cesta básica. Em julho do ano passado, considerando uma jornada de 8 horas por dia, o trabalhador levava 12 dias para comprar a cesta. Em julho deste ano, esse tempo subiu: são 14 dias. Ou seja, quase a metade de um mês inteiro de trabalho só para comprar o básico da alimentação. (G1)
sábado, 28 de agosto de 2021
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