O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou sua intenção de disputar a eleição presidencial de 2026, apesar de estar inelegível até 2030. Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta sexta-feira (6), ele descartou apoiar outro nome neste momento, mantendo-se como principal opção.
“O plano A sou eu. O plano B sou eu também. O plano C sou eu, a não ser depois da minha morte física ou política definitiva, quando, então, pensarei em um possível nome”, afirmou Bolsonaro.
Segundo informações da CNN, mesmo após ser indiciado pela Polícia Federal pela terceira vez em setembro, Bolsonaro planeja registrar sua candidatura. Pessoas próximas a ele indicam que sua estratégia incluiria lançar uma chapa com um de seus filhos, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na posição de vice.
O plano prevê que, ao registrar a candidatura, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá barrá-la devido à inelegibilidade de Bolsonaro.
A expectativa é que ele recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas, caso todas as instâncias neguem sua participação, o vice assumiria a liderança da chapa. Bolsonaro então buscaria transferir seu capital político ao substituto.
A estratégia é semelhante à adotada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018. Na época, inelegível e preso, Lula foi substituído por Fernando Haddad (PT) poucos dias antes do primeiro turno. Haddad, no entanto, não conseguiu vencer Bolsonaro naquela eleição.
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