A Bahia tem 417 municípios e o nível de organização dos partidos políticos é tão impressionante que parte deles não sabia o número de prefeituras sob o comando de filiados. O levantamento realizado pela equipe de política do Bahia Notícias atualizou a situação das legendas e ainda permitiu uma análise de como cada sigla chega para disputar a eleição em outubro, mostrando forças já conhecidas e retrações significativas.
O PSD continua como a maior força eleitoral do interior da Bahia. Apesar de não estar tão representada nas maiores cidades, o partido comandado pelo senador Otto Alencar detém o controle de 30% das prefeituras baianas. Por isso houve tanto receio, ainda em 2022, de um eventual rompimento - tanto que houve uma escolha por parte do então governador da Bahia, Rui Costa (PT), quando provocou a tensão que culminou com a saída do PP da base aliada. Otto e o PSD são poderosos demais para se ter como adversários, razão pela qual os olhos sobre a sigla ficarão alerta para como os social-democratas devem emergir das urnas. Afinal, 2024 é o pedágio para o próximo pleito estadual.
O PP deixou de ser uma segunda força. Perdeu o posto para o Avante, especialmente após a migração de Ronaldo Carletto entre as siglas. Parte disso é explicada pela mudança brusca de direção há dois anos, quando os progressistas se tornaram oposição. O Avante tem todas as condições de ocupar a vaga do tão falado “tripé” que, por oito anos, deu sustentação a Rui. Vai depender do próprio desempenho, já que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) deu total aval para que Carletto e cia fizessem o movimento de atração de tantos prefeitos.
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